Reconhecimento no futebol de várzea, o papel do futebol amador na vida social de uma pessoa.

Muitos jogadores de várzea não têm o carinho e consideração da familía que encontra nos times amadores.

Reconhecimento no futebol de várzea, o papel do futebol amador na vida social de uma pessoa.
Foto: Divulgação / Nagalera

Antes de começar o texto, quero combinar algo especial com você leitor:

1 — Você não é obrigado a concordar caso discorde de algo, afinal você é livre e exerce a sua liberdade, que é o primeiro grande passo para um amadurecimento.
 
2 — Se você em algum momento, se encontrar no que acabará de ler, entenda que eu não te conheço, por isso tenha decência de interpretar sem se sentir o alvo. 

3 — Busque sempre discutir um assunto com quem entende dele, afinal discutir opiniões, fará você perder tempo e num dialogo sem diretório objetivado.

Vamos lá, existe um mundo paralelo na vida das pessoas que é caracterizado como momento de lazer, esse momento é constituído de várias emoções e sensações que o indivíduo, em seu estado de escolha o fará usufruir de uma oportunidade de se proporcionar ou proporcionar ao outro uma experiência única, ou momentânea que traz prazer, emoção e satisfação pessoal.

Mediante a isso, vamos escolher um bem comum a todos os leitores, o esporte chamado futebol, sim! Este é o esporte mais popular do mundo, o mais cobiçado do universo, me responda você: Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? Claro que todos nós, tanto que por muitos lugares do mundo o sonho de jogar futebol é satisfatório, jogando nos campos de várzea, no barro e no terrão, dependendo de onde você esteja lendo nesse momento.

O futebol amador (várzea) tem condições peculiares a serem pontuadas, poderia passar horas falando sobre cada uma delas, mas quero fala do ser menos importante neste contexto, o jogador, se assustou? Não se assuste. Se você tem um time de futebol, a sua primeira preocupação está na estrutura do seu time (nome, uniforme, colaboradores, onde jogar, custos fixos e variáveis) e depois disso, vem os jogadores, que estão ali para fazer o seu time campeão. No entanto, algo tem acometido o futebol de várzea ao nível hard, a necessidade de reconhecimento e a cura de uma frustração particular.

Em meio a tantos homens envolvidos na realização desse grande evento futebolístico, existem aqueles que só se sentem uteis jogando futebol e pasme, jogando futebol na várzea, porque você “dono de time de várzea” trata ele como um rei.

Você já parou para pensar que muitos jogadores na várzea não têm relação familiar, não assume a responsabilidade com os filhos, não tem emprego, não tem nenhuma escolaridade e o único dinheiro que ele consegue arrumar, é a sua “ajuda”?

Que é conquistada em alguns casos com uma “mentirinha”, tais como: Meu gás acabou, meu filho está doente, meu plantão tem que pagar, estou sem chuteira, minha mãe está internada e se você me der o valor (dinheiro) vou no seu jogo, quero te ajudar, sabia disso? Sim, esse manual existe e com certeza você contribui para novas edições dessa cartilha a cada temporada do campeonato de várzea.

Todas as pessoas buscam ao longo da sua vida, conquistas que lhe agregue qualificação, reconhecimento e aceitação por um grupo. No futebol de várzea essa aceitação é absurdamente contemplada pela falsa sensação de ser o jogador que não existiu profissionalmente, acarretando aos domingos nos campos de bairro a supremacia do seu Camp Nou, pois é o único lugar que lhe proporciona o reconhecimento que lhe faltou em todas as outras áreas da vida.