A primeira entrevista do Nagalera em 2021 é com o Patinha, ponta-esquerda de 26 anos que atua na várzea de Salvador.

Patinha, Matheus Andrade é um jogador cobiçado em Salvador, que ainda sonha em voltar para o futebol profissional.

A primeira entrevista do Nagalera em 2021 é com o Patinha, ponta-esquerda de 26 anos que atua na várzea de Salvador.
Foto: Nagalera FC / Arquivo Pessoal: Matheus Andrade

Nagalera: Você é um jogador que vai para dentro dos zagueiros, essa é a sua maior qualidade? O Patinha é melhor em que?

Patinha: Essa é uma das qualidades que eu tenho, porém a minha velocidade e habilidade junto com o poder de concluir em gol é o que eu tenho de melhor.

Nagalera: Quem foi que formou o jogador Patinha e quais clubes profissionais você já jogou?

Patinha: Eu vim de um projeto de bairro, onde eu sou eternamente grato aos professores Elmo e Tiago Neiva, jogando profissional tive passagens pelo Canindé - SE, Socorrense - SE, Boca Júnior - SE, Atlético de Alagoinhas - BA, Feirense - BA e Seleção de Cachoeira (Intermunicipal).

Nagalera: A várzea de Salvador tem suas peculiaridades, campos de diferentes tamanhos, números de jogadores e dificuldades, e mesmo assim a rapaziada joga muita bola. Qual foi o campo que mais lhe trouxe alegria e porquê?

Patinha: Poderia citar alguns campos, porém tem um que foi muito especial, o campo de 7 de Abril. Onde eu fui campeão jogando pelo Santos, em cima do Força Divina e eleito a revelação do campeonato.

Nagalera: Qual foi seu primeiro jogo no futebol amador? você lembra do seu primeiro gol? Qual foi a derrota mais dolorida, que você lembra até hoje, e porquê?

Patinha: Meu primeiro jogo no futebol amador foi em São Marcos, vestindo a camisa do São Caetano, esse jogo teve a cobertura do Nagalera. Lembrar do primeiro gol está um pouco difícil (risos). Agora a derrota que mais doeu foi pela seleção de Cachoeira, perdemos para Coité, era quartas de finais, lembro como hoje achamos várias oportunidades e infelizmente saímos com o resultado negativo, depois da eliminação a torcida chorando, o presidente também chorou, e aquilo mexeu muito comigo.

Nagalera: Teria algum jogador que você gostaria sempre de ter no seu time?

Patinha: Eu sou fã de Ganso, se eu pudesse levaria ele para todos os times que eu tiver jogando.

Nagalera: Ainda almeja joga em um time profissional? tem proposta? a Pandemia atrapalhou?

Patinha: Desejo sim! Antes da pandemia eu já estava praticamente fechado com um time de Alagoas da primeira divisão, mas por conta da pandemia o time, infelizmente, não teve recursos.

Nagalera: O Nagalera aumentou a vaidade e ego de quem faz parte da várzea?

Patinha: Eu particularmente acho que não, até porque a várzea não é uma profissão para quem joga, é uma diversão com responsabilidade, mais sempre tem uns que tem essa falha no caráter e deixa os elogios subir para cabeça.

Nagalera: De um modo geral qual sua opinião sobre o Nagalera? você acredita que podemos melhorar em que?

Patinha: O Nagalera é o maior meio de comunicação da várzea, eu serei eternamente grato a vocês, o Messi da várzea é, o que é hoje, porque vocês estavam na hora certa, e no momento certo para promover minha história na várzea, vocês estão no caminho certo.

Nagalera: O Nagalera já lhe acompanha desde 2016, eu queria que você falasse da emoção do nascimento de sua filha Laura e como é o chefe de família Matheus Andrade, o Patinha?

Patinha: Minha primeira filha, ela é o meu maior presente. Essa sensação de ser pai não tem preço, o chefe Matheus Andrade não abre mão da família, minha esposa e minha filha são prioridade em tudo que eu faço.

Nagalera: Quero lhe agradecer, e dizer que torcemos muito por você, e para gente finalizar, Qual é para você o melhor diretor, treinador e jogador da várzea de Salvador-BA?

Patinha: Na minha opinião o melhor diretor da várzea é Alex do São Jorge, Treinadores são Paulo Borges do São Caetano, Vinni do São Jorge e Bob do Duas D’Kda, o melhor jogador para mim é o Ganso, igual a Ganso é difícil ver aqui em Salvador.